A História do VW Fusca


As origens do VW Sedan se deram na década de 30, quando o ditador alemão Adolph Hitler pensava na idéia de financiar uma montadora de automóveis estatal, nesse tempo surgiu o nome do engenheiro Ferdinand Porsche que já chegou a trabalhar na Daimler-Benz mas em 1931 fundou seu próprio escritório.

A pedido de Hitler, Porsche e sua equipe criaram o VW Sedan (cujas linhas foram criadas pelo designer Erwin Komenda), influenciado nas novas linhas aerodinâmicas que surgiriam na década de 30 como as do Chrysler Airflow e principalmente o Tatra,  vários protótipos foram apresentados mas só em 1938 foi apresentada a forma definitiva, um compacto de linhas curvas e motor traseiro refrigerado a ar, inicialmente batizado de KDF era um carro simples, confiável e barato.


Por causa da segunda guerra a produção foi interrompida, sendo fabricadas versões militares (Kübelwagen, Kommandeurwagen e Schwimmwagen) no lugar do sedan civil, com o fim da guerra em 1946 os britânicos retomaram a produção, mas logo depois em 1948 a presidência da VolksWagen passou para as mãos de Heinrich Nordhoff, a partir daí o VW conquistou o mundo. O VW (Typ 1) passou a ser produzido em vários países como por exemplo Brasil e México, com o lançamento do Golf em  74 o VW sedan foi produzido na Alemanha até 1978. Sua versátil plataforma deu origem a diversos modelos como o furgão Kombi(ou Typ 2), o Typ 3 e Typ 4. (sedan, fastback e SW), o utilitário Typ 181 e o esportivo Karmann-ghia entre muitos outros.


Um detalhe interessante foi que após uma reestilização o VW recebeu janelas laterais maiores, fato que não ocorreu no Brasil. Nos EUA recebeu o apelido de Beetle. O último Fusca foi produzido no México em 2003 com 21.529.464 unidades produzidas pelo mundo, mas em 1998 foi apresentado o New Beetle que era uma releitura do VW, apesar do motor dianteiro e pertencer a um segmento nada popular.



BRASIL - Apesar de importado desde 1953 o primeiro Fusca nacional surgiu em 1959 mas não se chamava Fusca, apenas VW Sedan e já contava com bom índice de nacionalização. Seu motor boxer refrigerado a ar tinha 1200 cm3. Dois anos depois ganhou um novo câmbio com marchas sincronizadas.

Em 1965 apresentava um teto solar como opcional, este logo recebeu o apelido de "Cornowagen". Nesse mesmo ano foi apresentada a versão super básica, o famoso "pé-de-boi", que concorria com o Gordini "Teimoso" e a DKW "Caiçara".



Em 1967 o motor teve a cilindrada aumentada para 1300 cm3 e algumas mudanças como o vidro traseiro maior, e o sistema elétrico mudou para 12 volts. Nunca uma plataforma foi tão bem aproveitada, pois serviu de base para muitos modelos da marca como a Kombi, TL, Variant, 1600 Sedan, SP2, Karmann-ghia e Brasília, sem contar os vários foras-de-série que a utilizaram por décadas.

Em 1970 surge o Fuscão uma carroceria renovada e motor de 1500 cm3. O motor 1600 cm3 equiparia o modelo 1974, surgindo o 1600S Bizorrão, que se diferenciava pela faixa preta na tampa traseira.

Em 1978 novas melhorias como o bocal do tanque para fora do capô e em 1979 surge o Fusca com lanternas traseiras maiores, o famoso "Fafá de Belém", uma alusão aos "dotes" da cantora. Para a década de 80 o Fusca ganha um novo painel e o nome "Fusca" é oficialmente nomeado pela marca, continuou até 1986 quando deixou de ser fabricado.


Em 1993 a VW relançou o Fusca, que já recebeu o apelido de "Fusca Itamar" devido aos pedidos do presidente na época, este possuía catalisador, pneus radiais, pára-choques da cor do carro, novos bancos herdados do Gol, e cinto de 3 pontos. Em 1996 o Fusca finalmente encerra sua produção. Em 2003 a VW importou alguns exemplares mexicanos, exclusivamente para colecionadores.

Por fim...

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