Heinrich Nestlé, fundador da Nestlé Alimentos, morre em Glion no dia 7 de julho de 1890. Foi ele quem criou a Farinha Láctea Nestlé. Na Suíça, à época, as crianças estavam tendo sérios problemas de desnutrição e Nestlé, que era farmacêutico, resolveu desenvolver um alimento que contivesse todos os nutrientes necessários.
Heinrich (Henri) Nestlé nasceu em 10 de agosto de 1814, em Frankfurt. Herdou o negócio do pai e se tornou um vidraceiro em Töngesgasse.
Antes de completar 20 anos, terminou 4 anos de aprendizado com Johannes Stein, proprietário de uma farmácia. No final de 1839, foi oficialmente autorizado a realizar experiências químicas, aviar receitas e vender medicamentos. Mudou seu nome para Henri Nestlé por razões políticas a fim de se adaptar melhor às condições sociais em Vevey.
Em 1843, Nestlé comprou uma das indústrias mais progressistas da região na época, especializada na produção de óleo de colza. Envolveu-se também na produção de óleos de nozes, usado para abastecer lâmpadas de óleo, licores, absinto e vinagre. Começou igualmente a fabricar água mineral gaseificada e limonada. Em 1857 passou a se concentrar na iluminação a gás e fertilizantes.
A história da Nestlé começa na Suíça em 1866, quando Nestlé lançou a farinha láctea, à base de cereais e leite. A partir dessa iniciativa, a Nestlé se tornou uma empresa mundial de alimentos e nutrição.
Em 1905, uniu-se à Anglo-Swiss Condensed Milk Co., que desde 1866 era um importante fabricante de leite condensado.
Voltada essencialmente para a nutrição humana, a Nestlé diversificou suas atividades a partir da década de 1970, passando também a atuar nos segmentos farmacêuticos (Alcon), cosmético (L’Oréal) e de alimentos para animais de estimação (Friskies Alpo e Ralston Purina).
Em 1921, a empresa iniciou sua produção no Brasil, em Araras (SP). O leite condensado Moça foi o primeiro produto da empresa a ser fabricado no Brasil. Atualmente o Leite Moça que é produzido na cidade de Araraquara (SP) ainda detém o maior volume de vendas.
A Nestlé é a maior empresa de alimentos no mundo, com uma capitalização de mercado de cerca de 191.000 milhões de francos suíços, ou mais de 200 bilhões de dólares.
Uma das controvérsias mais importantes envolvendo a Nestlé diz respeito à violação de um código de 1981 da Oganização Mundial de Saúde que regulamenta a publicidade de substitutos do leite materno.
Grupos como a International Baby Food Action Network e Save the Children afirmam que a promoção de fórmulas infantis sobre aleitamento materno levou a problemas de saúde e mortes de crianças em países menos desenvolvidos. A Nestlé sustenta que as mulheres que não podem ou optam por não amamentar precisam de uma alternativa para a nutrição dos bebês.
Por outro lado, o documentário de 2010 “The Dark Side of Chocolate” alega que as compras da Nestlé de grãos de cacau da Costa do Marfim vinham de plantações que usavam trabalho escravo infantil. Outro documentário da BBC relatou o uso de crianças-escravas na produção de cacau na África Ocidental.
Em setembro de 2001, a Nestlé assinou o Protocolo do Cacau, um acordo internacional que visa a erradicação do trabalho infantil na produção de cacau.
Um documentário de 2012, com o título “A vida engarrafada”, critica as práticas da Nestlé relativamente à atividade com água. Segundo o documentário, a compra de um caminhão de água nos Estados Unidos custa 10 dólares à Nestlé, que depois é vendido por 50 mil dólares.
Segundo a Nestlé, o preço de uma garrafa de água é semelhante ao de outras bebidas embaladas, pois incorre em custos semelhantes ligados à produção de garantia de qualidade, engarrafamento, armazenamento e distribuição.
Recentemente, a Nestlé admitiu seu envolvimento com o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, ao utilizar mão-de-obra forçada em sua subsidiária alemã, segundo o historiador suíço Jean François Bergier - depositando 14,5 milhões de dólares em favor do fundo das vítimas de trabalho escravo.
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